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O CRACK
Por DJALMA .S.F
Ilhéus, Delegacia de Polícia, sexta-feira, 23h. Lá estava, ao chão, A.C.O., 35 anos de idade, algemado. Fora conduzido à DP por portar 03 pedras de crack e 01 cachimbo improvisado de pvc para o consumo da droga.
Seu estado físico era característico dos usuários de crack. Rosto com ossos salientes, magreza doentia, pontas dos dedos queimados. Apresentava odor em demasia. Suas vestes estavam imundas, típicas de moradores de rua. Chamava atenção, apesar de muito sujas, as roupas que o vestiam. Camisa da Rip Curl, bermudão quadriculado, tênis reebok e um relógio de pulso da Mormaii.
“O crack, droga sete vezes mais potente do que a cocaína, tanto no aspecto narcótico como no aspecto necrosal, atua no organismo elevando a temperatura corporal, podendo a qualquer momento causar um AVC. Os neurônios são lesados e o coração atua entre 180 a 240 batimentos por minuto”.
Em poucos minutos, A.C.O. relatou sua vida. Na verdade, relatou a sua morte.
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